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terça-feira, 25 de maio de 2010

O VETOR DA AÇÃO NA COMPOSIÇÃO DO PERSONAGEM
























































































































































Fotos: Adriane Shikasho

Das fotografias acima:
O trabalho de construção dos personagens deu início em uma galeria de imagens que nos levou à sensações, palavras e frases que identificamos muito presentes em uma fase da vida, a adolescência. A partir de então, vivenciamos através de exercícios essas sensações no corpo e retemos as mais preciosas ações enquanto significação pessoal durante o processo para dar vida ao personagem. Juntamente com o trabalho de criação e preparação técnica começamos a juntar textos, poesias, pensamentos, letras de canções, para compor o que hoje é a dramaturgia da apresentação da mostra do processo que se dará em breve no Cento Cultural Diadema.

Uanderson Melo
Orientador

segunda-feira, 24 de maio de 2010

DO PROCESSO CRIATIVO

Nesse momento o grupo de atores-aprendizes se dedica a junção de sua pesquisa textual para o levantamento da dramaturgia que dará corpo ao trabalho de mostra de processo. No último ensaio finalizamos o processo de vivência das sensações adolescentes, seus vetores e construímos de posse dessa pesquisa os personagens corpos-sonoros. Na próxima quinta-feira damos início ao levantamento de cenas com foco em interpretação, sempre ligado ao trabalho vocal e corporal.


“O texto não só é afrodisíaco. É fertilizador.”
Fernanda Torres


Uanderson Melo 
Orientador

terça-feira, 18 de maio de 2010

PESQUISA TEXTUAL

Os textos, poemas e frases abaixo são fruto da primeira pesquisa sobre a adolescência feita pelos atores-aprendizes, correspondem a vários autores, alguns são junção de pensamentos dos próprios atores: 

"Essa gente lutou tanto para esses caras não mijarem nas suas portas. Será que nada adiantou?  Pois sinta o cheiro da rua. O cheiro de urina de seres humanos, os mesmos que inventaram o banheiro!

Tenho uma passagem de ida, e muitos sonhos de felicidade. Muito medo, mas muita vontade de viver. Vou abrir as asas para poder voar enfim, para encontrar liberdade.
Tenho nós na garganta.
Tenho um mapa que me leva pra outro país.

Abrir as asas! Abre asas!!!

Muitos apertam minhas mãos, mas poucos tocam meu coração.
É tão calculado seu bom dia, boa tarde e boa noite que me dói ter que apertar assim artificialmente sua mão.
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente.

Me deixa ver como viver é bom.
Não é a vida como está, e sim as coisas como são.
São tudo pequenas coisas e tudo deve passar. 
Preciso de oxigênio, preciso ter amigos.
Preciso ter dinheiro, preciso de carinho.
Acho que te amava, agora acho que te odeio.

Primavera cruza o rio
Cruza o sonho que tu sonhas
Na cidade adormecida
Primavera vem chegando

Catavento enlouqueceu
Dacemos todos, amadas, mortos, amigos, dacemos todos até não saber mais o motivo. 

Cala, amigo
Cuidado, amiga
Uma palavra só
Pode perder tudo pra sempre
E é tão puro o silêncio agora.

Os guarda chuvas perdidos... aonde vão parar os guarda chuvas perdidos? E os botões que se desprenderam? E as pastas de papéis, os estojos, as maletas esquecidas, as dentaduras perdidas, os pacotes de compra, os lenços, as econômias, aonde vão parar todos esses objetos tristes? Não sabe? Vão parar nos aneis de Saturno, são eles que formam, eternamente girando, os estranhos anéis desse planeta misterioso e amigo.

... o dia exato alinha os seus cubos de vidro ...

Passa nuvem, passa estrela, passa lua na janela, sem mais cuidados na terra preguei os meus olhos no céu, no meu quarto, pela noite, imensa e triste, navega, deito-me ao fundo do barco, sob os silêncios do ceú.

Os caminhos estão cheios de tentações, tomemos os barcos das nuvens, controlemos as velas! Nossos lábios nos incomodam como mordaças. Vamos lançar no espaço, alto, cada vez mais alto a rede das estrelas. Aperto o mundo com os meus joelhos!

Se as coisas são inatingiveis não é motivo para não querê-las.

A imaginação é a memória que enlouqueceu.

Esse quarto tão deserto de tudo, nem livros eu leio, e a própria vida ... não posso deixá-la no meio como um livro que paro de ler.

As únicas coisas eternas são as nuvens...

O real não está na saída nem na chegada ..... ele se dispõe para a gente é no meio da travessia. "


quinta-feira, 13 de maio de 2010

SENSAÇÕES EM PALAVRAS:

CORPORAL - ESTRANHO - EXCITAÇÃO - ESPERANÇA - DESEJO - CURIOSIDADE - TÉDIO - EUFORIA - LIBERDADE - MOVIMENTO - REBELDIA - QUESTIONADOR - CORAGEM - ANGÚSTIA - ILUSÃO - CONFUSÃO - ROMANTISMO - AMOR - PAIXÃO - SONHOS - FESTA - VIBRAÇÃO - CONTRADIÇÃO - FUGA - SALTO - MUDANÇA - TRANSIÇÃO


Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, construiu ou inventou senão para sair do inferno " 
Antonin Artaud

A IMAGEM COMO DETONADOR DAS SENSAÇÕES























































O ator lança-se ao trabalho de incorporação de imagens. Assim damos sequência ao que nos dedicamos e caminhamos para a construção dos personagens CORPO-SONOROS. A partir de uma série de imagens levantamos palavras que traziam sensações e sentimentos, de posse dessa totalidade de imagens e palavras chegamos a uma fase da vida do ser humano. Um momento de mudanças e transições, transformações e descobertas, paixões e entrega, a adolescência! E a partir de então nos dedicamos ao trabalho físico, fomentando o nosso vocabulário corporal conforme as sensações faladas. Buscamos no corpo vetores por onde saem os sons e seus movimentos espontaneamente quando estimulado. Durante os exercícios vivemos e incorporamos essas sensações dando som e corpo, dando vida ao que antes era inanimado.
Uanderson Melo - Orientador

sábado, 8 de maio de 2010

O ATOR, O OUTRO, O ESPAÇO E O OBJETO - A TÉCNICA PARA CRIAÇÃO


Ao treino da técnica teatral, à quebra das couraças e à entrega emocional nos debruçamos no último encontro para o trabalho de conscientização da vida criativa do ator. Partindo da respiração, de encontro com o corpo, com o outro, com o espaço e o objeto na investigação técnica da cena, pensando um corpo emissor de sons sempre presente, disponível e permeável aos estímulos criadores.

Uanderson Melo - Orientador















 Fotos: Uanderson Melo

segunda-feira, 3 de maio de 2010

PROTOCOLO DO PRIMEIRO CICLO DE EXPERIMENTOS DO CORPO SONORO - CENAS


Fotos: Paloma Neves

As fotos são de cenas que formalizam o Primeiro Ciclo de Experimentos do Corpo Sonoro. Cenas levantadas ao longo do processo de vivências, trabalho técnico de corpo e voz, debates e criação coletiva. Começamos metáforicamente observando a terra, desvendamos nossos cheiros e cores, texturas e temperaturas, sons bem perto e ao longe, nos entregamos de olhos fechados no escuro, nos foi assustador e excitante entrar em contato com esse novo mundo, falamos “blablablando”, buscamos a concentração, percebemos o que há sempre presente em nós, resgatamos a criança, manipulamos objetos, nos tornamos os objetos, nos tornamos os sons, despertamos o poder da imaginação muitas vezes esquecido dentro de nós, expandimos e encolhemos irradiando com leveza e desenvoltura, assim aquecemos os músculos e os sentimentos e criamos energia em nós mesmos. Tudo para humildemente tentar compreender um pouco melhor essa força que rege o fazer artístico. E para a formalização desse primeiro passo, criamos personagens e levantamos cenas partindo do nosso corpo de imagens, de vida, de emoções e seus sons.
Uanderson Melo - Orientador

domingo, 2 de maio de 2010

PRIMEIRO CICLO DE EXPERIMENTOS - DESPERTANDO O CORPO SONORO



Esse primeiro ciclo de atividades teve como objetivo abrir as portas para a percepção dos sentidos corporais e sua tomada de consciência para o processo criativo do ator no teatro. Foram nove encontros desde o dia 11 de março até o momento em que escrevo, nove ensaios onde nos lançamos a essa investigação de um processo criador autêntico e sua técnica artística.
Uanderson Melo - Orientador





Fotos: Uanderson Melo