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terça-feira, 1 de junho de 2010

VISITA A ESCOLA LIVRE DE TEATRO

No sábado dia 22 de maio a convite dos atores da formação 11 da "Escola Livre de Teatro" os alunos da "Oficina O Corpo Sonoro do Ator" foram assistir seu trabalho de conclusão de curso, a peça POPOL VUH, que fez temporada no teatro Conchita de Moraes na própria escola. Além de assistir o espetáculo teatral os alunos também participaram de um workshop, palestra e debate, conheceram a escola e puderam vivenciar os bastidores de uma peça de teatro. Uma feliz troca que pode ser melhor sentida no depoimento de uma das atrizes da oficina.



POPOL VUH


Dentre muitas possibilidades de diversão, trabalho e tantas outras atividades cotidianas que tínhamos a executar escolhemos conhecer o novo, assistir o espetáculo do nascimento do homem.
O homem que aparece em mim, na flor, na canção, no escuro, no vento. Nos primeiros instantes o véu das semelhanças me cobriu, mas logo um bastão diferente me acertou, chamando como se fosse minha avó e neste momento pulo, caio, giro e conto histórias de um mundo vazio, mágico, azul, cheio de leveza com sementes de
jujuba amarela que brotava penas e delas saíam letras, frases onde tudo que se escrevia e era lido virava realidade. A magia estava apenas começando, quando iniciamos a andar e descobrir novos
espaços, novos seres, alguns pintados outros quase nus, em toda parte se via luz, mas,quase não sentia seus corpos em contrapartida, sentia o cheiro de suas almas, seus pensamentos leves. A caminhada continuava e minha mochila de satisfação e
curiosidade ia se enchendo, porém seu peso não me incomodava pelo contrário parecia levitar numa gruta de livre expressão.
O desejo de desvendar veio logo em seguida quando caímos num labirinto de caixas douradas recheadas de lembranças antigas. A luz permanecia, os doces também acompanhava, mas, o regente de tudo era a fé, registrada ao seu modo, dita e mostrada
em sua particularidade, fé nos que vieram antes, nos de agora e nos que virá. Tocam as trombetas, as flautas, sanfonas, tambores. Cantam cantigas novas. Celebra a vida, o pequeno, o todo, pois as portas se abrirão àqueles que rompem a bolsa de seus
úteros. A língua era outra, os ritmos eram quentes e fortes com uma negritude devidamente retratada, as poucas vestes também vinham da mãe ‘menininha’, eles eram muitos, brancos, pardos, negros, índios, mulatos, mas cabiam em um só. A cada herança uma batida, um som, um grito, uma fuga, uma performance.
Os deuses comandavam a festa, criavam, recriavam. As criações embebidas do fogo da existência brindavam o momento e se diluíam. As tentativas de criar adoradores foram inúmeras até a criação de fato perfeita, o homem e suas imperfeições. Por fim: os inícios! Que assim seja.
Lucevânia Oliveira
“QUE NO CAIGAN EM LA BAJADA NI EM LA SUBIDA DEL CAMINO. QUE NO ENCUENTREN OBSTÁCULOS, NI DETRÁS NI DELANTE DE ELLOS. NI COSA QUE LOS GOLPEE. CONCÉDELES BUENOS CAMINOS, HERMOSOS CAMINOS  
PLANOS.”
Uanderson Melo - Orientador

3 comentários:

  1. Pessoal publiquei a citação sem saber de quem era, por favor quem souber o autor deixe aqui nos comentários. Obrigado, pela força. Uan

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  2. Oi Uan!
    Esse é um trecho do livro Popol Vuh, livro sagrado do povo maia-quiché da Guatemala.

    O Popol Vuh

    Conhecido como a As Antigas Histórias do Quiché, este é o livro sagrado dos maias quichés de Guatemala. De autor anônimo, o livro foi escrito em meados do século XVI sobre a pele de um veado.

    Este livro é uma tentativa de explicar simultaneamente a origem do mundo, a história dos reis e os povos da região, e a catástrofe da conquista espanhola. Alguns possíveis significados do título incluem “Livro da Comunidade”, “Livro do Comum”, o “Livro do Conselho”.

    No Popol Vuh, os deuses criadores recorrem ao casal de adivinhos formado por Ixpiyacoc e Ixmucane para realizar a criação, lançando a sorte dos humanos que serão preparados por seus formadores e progenitores - os mencionados “avôs” Ixpiyacoc e Ixmucané.

    A parte central está destinada a narrar a viagem de Hunahpú e Ixbalanqués ao Xibalbá. Estes gêmeos usam a magia para derrotar as forças que governam o País dos Mortos. No lugar de batalhas e armas convencionais, ambos os irmãos recorriam ao poder da palavra sobre os seres invisíveis.

    Um de seus parágrafos trágicos reza o seguinte: “Escrevemos isto dentro da lei de Deus, no Cristianismo, tiraremos a luz, porque já não se vê o Popol Vuh, assim chamado, onde se via claramente a vinda do outro lado do mar, a narração de nossa escuridão, e se via claramente a vida”.

    Fonte:www.discoverybrasil.com

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  3. OI Uan, que bom que pulblicou as fotos que te passei, bjão, ficou lindo o post e a citação tbm *-*

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